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Cristina Areia confessa: “Vivo cada vez mais o presente” (Vídeo)

O encontro aconteceu nos jardins do Palácio de Cristal, no Porto. Chegou de chapéu e de mãos dadas com o seu namorado. Sem nunca esconder a sua boa disposição, assumiu sempre uma grande admiração pelo local escolhido para esta entrevista e pela cidade invicta. “O Porto é magnífico e a vista deste local é de uma beleza inigualável”, assumia. Estreou-se na cidade do Porto com apenas 18 anos no Teatro Sá da Bandeira, onde está a trabalhar desde Abril deste ano. “Eu amo esta cidade, a rua de Santa Catarina, o Mercado do Bolhão, os comentários, as pessoas que gostam de nos receber”, e já para não falar “da comida e do sotaque” (risos).

Cristina Areia é Amélia na telenovela «Os Nossos Dias» em exibição na RTP. “A minha personagem representa um pouco o que as mulheres portuguesas muitas vezes são nas famílias”, muito diferente “daquilo que sou, mas procurei em mim coisas dela”, assume. Voltar a fazer televisão “foi muito bom”, uma vez que “já tinha muitas saudades e a personagem funcionou muito bem”.

Cristina Areia nasceu em Lisboa a 27 de Fevereiro de 1966, filha do também conhecido actor Carlos Areia. “Ser Areia não é propriamente uma grande responsabilidade”, mas acredita que existe um certo estigma relativamente à sua família como sendo pessoas bem-dispostas. “Sempre existiu na nossa família uma tendência para um grande optimismo e uma forma muito positiva de encarar a vida. Até somos capazes de disfarçar as coisas menos boas com um simples sorriso, aprendemos a conquistar os que nos rodeiam com uma simples gargalhada e acabamos por ser um pouco palhaços” (risos).

Quando era miúda, e “cheia de sonhos”, era tratada carinhosamente por Tininha. “Eu não gostava nada e o meu pai também não e ele era quem mais defendia que eu não deveria ter este diminutivo”. Mas, com o passar dos anos, e numa altura em que dava os primeiros passos enquanto actriz, os colegas de profissão também a tratavam assim. E confessa que acabou por gostar da forma carinhosa como era tratada e hoje “os meus melhores amigos ainda me tratam assim, ou por Cris, o que vejo como um grande carinho, amizade longa e duradoura, viajo pelas memórias antigas”.

Menina cheia de sonhos

Sonhos foram muitos enquanto criança e adolescente. Quis ser educadora infantil, jornalista, mas a vida acabou por a encaminhar para a electrónica, “que não tinha nada comigo e acabei por ficar perdida relativamente ao que queria fazer a nível de estudos. Foi nessa altura que comecei a abraçar a carreira de actriz”. No fundo, a paixão do teatro nasceu ainda em criança. “Fiz teatro alternativo com amigos da escola, sempre afastada do meu pai e mais tarde surgiu a oportunidade de fazer tea¬tro de revista e comecei a gostar”, pois “não foi uma coisa que eu escolhi, simplesmente aconteceu, senti que já não podia passar sem aquilo e foi nessa altura que descobri o que realmente queria fazer”.
Apesar de ainda ser uma mulher de sonhos, a actriz assume que “vivo cada vez mais o presente” com a esperança que os sonhos se realizem.

Recordações de infância são muitas e quase todas elas ligadas ao teatro. “Era lá que passava a maior parte do meu tempo livre e sempre fui uma verdadeira palhacinha” (risos).

Para além da paixão e do amor ao teatro, o cinema também é a sua paixão. “Sou uma pessoa verdadeiramente apaixonada pelo cinema e gostava de chegar mais longe neste campo”.

Texto: António Gomes Costa
Fotos: Hugo Viegas
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